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Selic

A taxa de juros mais importante do Brasil. É a referência para tudo no mercado financeiro: da renda fixa às ações, do financiamento imobiliário ao seu cartão de crédito. Entender a Selic é entender como o dinheiro funciona no país!

O que é a Selic?

A Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa básica de juros da economia brasileira.

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O lado técnico (pode pular se quiser!)

Tecnicamente, a Selic é a taxa média dos empréstimos de curtíssimo prazo (vencem em um dia útil e são chamados de “overnight”) que os bancos fazem entre si. Pensa assim: no fim do dia, alguns bancos têm dinheiro sobrando no caixa, e outros precisam de dinheiro para fechar as contas. Os que têm dinheiro emprestam para os que precisam, cobrando juros - essa taxa de juros é a Selic! E para garantir que o empréstimo é seguro, eles usam títulos públicos federais como garantia (tipo um “penhor”).

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Em linguagem simples:

A Selic é o “preço do dinheiro” no Brasil. É a taxa que o Banco Central usa para controlar a inflação e a economia. Quando a Selic sobe, emprestar dinheiro fica mais caro e investir em renda fixa rende mais. Quando ela desce, o oposto acontece.

Duas Selics importantes:

1. Selic Meta

É a taxa definida pelo COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, em reuniões que acontecem a cada 45 dias. É a taxa que “deveria ser”. É essa que você vê nos jornais.

2. Selic Efetiva (Over)

É a taxa que realmente acontece no dia a dia do mercado, nas operações entre bancos. Geralmente fica muito próxima da Meta, mas pode variar levemente. É essa que importa para quem investe em Tesouro Selic.

Quando falamos “a Selic está em 13%”, estamos nos referindo à Selic Meta. Ela serve como referência para toda a economia: bancos usam ela pra definir juros de empréstimos, investidores usam pra calcular retornos esperados, e o governo usa pra remunerar a dívida pública.

Por que a Selic é chamada de “Taxa Livre de Risco”?

No mundo dos investimentos, a Selic é conhecida como a taxa livre de risco (risk-free rate) do Brasil. Mas por quê?

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Risco de calote quase zero

Quando você investe em Tesouro Selic, está emprestando dinheiro para o governo federal brasileiro. O governo pode emitir moeda para pagar suas dívidas, então o risco de ele dar calote em dívida em reais é considerado praticamente zero. É o investimento mais seguro que existe no país!

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Alta liquidez

Você pode resgatar seu investimento em Tesouro Selic a qualquer momento, sem perder rentabilidade (só paga o IOF se resgatar em menos de 30 dias). Não precisa esperar vencimento, não perde dinheiro com marcação a mercado. É dinheiro quase tão disponível quanto na poupança!

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Retorno previsível

O Tesouro Selic acompanha a taxa Selic de perto. Não tem surpresas negativas, não tem volatilidade. Você sabe que vai ganhar próximo da Selic, e pronto. É o “piso” de rentabilidade que você consegue sem correr risco.

🎯O que isso significa na prática?

A Selic é usada como referência para comparar todos os outros investimentos. Se você vai investir em algo com risco (ações, fundos imobiliários, criptomoedas), você precisa ganhar mais que a Selic. Caso contrário, por que correr risco? É por isso que indicadores como Índice de Sharpe e Retorno Excedente usam a Selic como base!

Como a Selic Funciona na Prática?

O Banco Central usa a Selic como principal ferramenta de política monetária para controlar a inflação e estimular (ou esfriar) a economia:

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Quando a Selic SOBE

  • Renda fixa rende mais: CDBs, LCIs, Tesouro ficam mais atrativos
  • Crédito fica mais caro: Empréstimos, financiamentos e cartão ficam com juros maiores
  • Consumo diminui: Pessoas gastam menos e poupam mais
  • Inflação tende a cair: Menos consumo = menos pressão nos preços
  • Ações podem cair: Renda fixa compete com ações, empresas têm mais custos
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Quando a Selic DESCE

  • Renda fixa rende menos: Investimentos conservadores ficam menos atrativos
  • Crédito fica mais barato: Empréstimos e financiamentos com juros menores
  • Consumo aumenta: Pessoas gastam mais e poupam menos
  • Economia pode aquecer: Mais investimentos produtivos e emprego
  • Ações podem subir: Empresas crescem mais, ações ficam mais atrativas que renda fixa

O dilema do Banco Central:

O BC precisa equilibrar dois objetivos conflitantes: controlar a inflação (o que exige Selic alta) e estimular o crescimento econômico (o que exige Selic baixa). Por isso a taxa está sempre mudando conforme o cenário econômico!

Como a Selic Impacta Seus Investimentos?

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Renda Fixa

A maioria dos investimentos de renda fixa acompanha a Selic, direta ou indiretamente:

  • Tesouro Selic: Acompanha a Selic quase que perfeitamente
  • CDBs, LCIs, LCAs pós-fixados: Rendem um % do CDI, que segue de perto a Selic
  • Poupança: Segue regra própria, mas também é influenciada pela Selic
💡 Regra prática: Selic alta = renda fixa mais atrativa. Selic baixa = renda fixa rende menos.
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Ações

A Selic afeta ações de várias formas:

  • Custo de oportunidade: Selic alta torna ações menos atrativas (por que correr risco se a renda fixa paga bem?)
  • Custos das empresas: Juros altos aumentam o custo de dívida das empresas
  • Consumo: Selic alta reduz consumo, afetando receita de empresas
  • Valuation: Selic é usada em modelos de precificação (DCF, CAPM)
💡 Regra geral: Selic muito alta pressiona ações para baixo. Selic em queda tende a favorecer ações. Mas não é uma regra absoluta!
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Fundos Imobiliários (FIIs) e Outros

FIIs também são impactados: Selic alta torna os dividend yields dos FIIs menos atrativos comparados à renda fixa. Além disso, juros altos encarecem financiamentos imobiliários, afetando o mercado de imóveis.

Um Pouco de História: A Selic no Brasil

O Brasil já teve uma das Selics mais altas do mundo! Veja a evolução:

🔥Anos 1990 - 2000: A Era dos Juros Absurdos

A Selic chegou a 45% ao ano em 1999! Era uma época de inflação alta, instabilidade econômica e Plano Real recente. Investir em renda fixa rendia absurdamente, mas a economia sofria muito.

📉Anos 2010: A Descida Gradual

Com inflação mais controlada, a Selic foi caindo aos poucos. Chegou a 6,5% em 2012-2013, e depois ao mínimo histórico de 2% ao ano em 2020 (durante a pandemia). Foi a era da renda fixa magra!

📈2021-2025: A Volta dos Juros Altos

Com a inflação voltando forte pós-pandemia, o BC subiu a Selic de 2% para 13,75% em 2022-2023. Renda fixa voltou a render bem, mas ações sofreram. Em 2024, a Selic começou a cair de novo, mas ainda está em patamares altos para padrões internacionais.

Por que a Selic brasileira é tão alta?

Comparado a países desenvolvidos (onde juros ficam entre 0-5%), a Selic brasileira é historicamente alta. Isso se deve a: histórico de inflação elevada, risco fiscal do governo, dívida pública alta, e falta de reformas estruturais. É um reflexo dos desafios econômicos do país.

Como a Tradar Usa a Selic

Na Tradar, a Selic é fundamental para vários cálculos e indicadores, especialmente na categoria Preço:

Indicadores que usam a Selic:

💡Por que isso importa?

A Selic é o “piso” de retorno que você consegue sem risco. Quando avaliamos ações, sempre comparamos com a Selic: se uma ação não está ganhando acima dela (considerando o risco), não faz sentido investir! Por isso a Selic é a base de tantos indicadores na Tradar.

Perguntas Frequentes

Conteúdo Relacionado

Agora que você entende a Selic, explore indicadores e conceitos que usam ela como base:

  • 📊
    Índice de Sharpe - Retorno ajustado ao risco usando a Selic como referência
  • 💹
    Retorno Excedente - Quanto você ganhou acima da Selic
  • Alfa de Jensen - Retorno acima do esperado calculado com a Selic
  • 📐
    CAPM - Modelo que usa a Selic como taxa livre de risco

🎯Resumindo

A Selic é a taxa mais importante do Brasil. Ela afeta desde o rendimento da sua poupança até o preço das ações que você investe. Entender a Selic é entender como o dinheiro funciona no país!

Use a Selic como sua régua: qualquer investimento com risco precisa render mais que ela. Caso contrário, por que correr o risco? 📏💰

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